Antivirus para Android – 7 Fatos que você deveria saber!

Em Aplicativos para celular por André M. Coelho

Antivírus móvel é apenas um mito? Eu diria que é mais uma “lenda “, onde os fatos foram distorcidos ou exagerados para criar uma história mais sensacionalista. Vamos checar isso tudo com alguns fatos sobre o Android para você entender melhor estes aplicativos.

Antivírus não existe no Android

Um verdadeiro “antivírus” para dispositivos móveis não é possível dados os SDKs (kits de desenvolvimento de software ) e acesso previstos para desenvolvedores na maioria das plataformas móveis. No espaço de segurança móvel há mais de algumas empresas que vendem o que eles gostam de chamar aplicações “antivírus” para smartphones. O problema é que o termo está sendo usado erroneamente e não é por acaso.

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No que se refere a qualquer dispositivo de computação, é uma forma de software que pode replicar-se por meio de documentos e arquivos executáveis afim de infectar outros dispositivos ou automaticamente através de uma rede ou através de um dispositivo de armazenamento, como um pen drive. O objetivo final da maioria dos vírus é a corrupção de dados e/ou a danificação do sistema.

Afim de detectar e mitigar os vírus reais, uma solução de software que precisa ser capaz de funcionar como um processo raiz em um sistema, algo que não é apenas possível, na maioria das plataformas móveis atualmente em aplicações normalmente são executados em um ambiente de modo seguro (sem root).

Soluções antivírus móveis dependem de detecção de assinaturas dos aplicativos, na melhor das hipóteses. Tomemos por exemplo os apps Android antivírus no mercado. O melhor que podem fazer é monitorar um pacote a ser instalado e, em seguida, fazer uma verificação simples baseada em assinaturas.

Antivírus propagandeiam o medo como ferramenta de vendas!

Aplicações que afirmam ser “antivírus” são apenas capazes de detectar quais aplicativos tem o potencial de ser um malware, algo que um desenvolvedor de um aplicativo pode ter deixado escapar para o código de software que é utilizado para roubar dados ou interagir com o dispositivo de uma forma ruim. Este aplicativo é mais corretamente definido como sendo um cavalo de Tróia (Trojan) ou uma forma de spyware (espionando seu aparelho), mas dado os anos de condicionamento por empresas de segurança “Vírus” soa muito mais assustador.

Antivírus são desnecessários quando você tem bom senso

Embora esses recursos de detecção possam ser marginalmente úteis para o usuário final, eles são desnecessários quando o usuário tem o bom senso ou seja: é cauteloso sobre quais aplicativos que você baixa e então cuidadosamente revê as permissões para cada aplicativo que será instalado. Será que aquele app que você baixa realmente precisa ter acesso a seus contatos, histórico de chamadas e localização.

Importância da segurança Android

Por enquanto, antivírus não são tão bons assim para aparelhos móveis, mas isso não significa que as coisas mudem em algum ponto. (Foto: www.topappli.fr)

As lojas de aplicativos já fazem um bom serviço para filtrar os aplicativos suspeitos

Houve muitas aplicações suspeitas que foram retiradas dos diversas lojas online automaticamente. Malware e vírus móveis é implantado usando aplicativos legítimos refeitos que são baixados de fora das lojas de aplicativos tradicionais, mas a maioria dos telefones têm uma configuração que bloqueia os aplicativos instalados fora das lojas online.

Antivírus vivem de marketing

Como todos os bons engenheiros sociais, os comerciantes sabem que a população em geral não sabe a verdadeira definição de antivírus, nem eles entendem que o acesso que um desenvolvedor tem em um dispositivo móvel é bem diferente do que em seus laptops.

O termo é arraigado em nossas cabeças como significando “proteção” de empresas de segurança que empurram sua “experiência” para nossos aparelhos. Para piorar a situação, essas empresas tendem a amplificar as ameaças em seus materiais de marketing através do emprego de quantidades generosas de medo, incerteza e dúvida, alimentando-se muitas vezes de estatísticas sem fundamento de sua própria “pesquisa” para a imprensa para gerar histeria, o tempo todo esperando a jornalistas não verificarem seus “fatos” antes de escrever uma notícia, algo que infelizmente acontece com grande frequência.

A realidade é bem diferente

Muitos dos relatos de “vírus” no Android são menos dramáticos na vida real do que o que você encontra na mídia, mas com certeza faz grandes manchetes. Estes relatórios, uma vez que você pesquisa bem são geralmente provenientes de empresas que têm um cavalo na corrida, uma vez que oferecem um produto antivírus móvel.

Falsa sensação de segurança pode te deixar com um vírus no fim das contas

A falsa sensação de segurança que essas aplicações “antivírus” tenta fornecer é pode ser irresponsável. Prometendo para nos proteger de “vírus” pode ser mais perigoso do que os “vírus” em si, uma vez que pode convencer alguém que não precisa instalar um patch de segurança crítico de seu fornecedor, pois eles podem acreditar que um aplicativo de terceiros está os protegendo de malware, quando na verdade não está.

Considerações Finais

Eu estou dizendo que não existe tal coisa como um vírus que afeta aparelhos móveis? Não. Na verdade, o risco aumenta em paralelo com o crescimento do mercado de smartphones. No entanto, os atuais aplicativos disponíveis em sua loja de aplicativos tradicional dificilmente vão protegê-lo de ameaças reais, como um site que pede suas informações pessoais para poder ser acessado. Tenha cuidado, filtre bem as coisas e assim, você garante que seu smartphone ou tablet continue funcionando perfeitamente.

Tem algum app antivírus no seu aparelho? Como ele funciona? Já te ajudou a se livrar de algum vírus?

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Quando André entrou na faculdade em 2004, notebooks eram ainda muito caros. Para anotar as informações, buscou opções, encontrando no Palm Zire 72 um aparelho para ajudá-lo a registrar informações das aulas. Depois, trocou por um modelo de celular com teclado, Qtek quando o 2G e o 3G ainda engatinhavam no Brasil. Usou o conhecimento adquirido na pesquisa de diferentes modelos para prestar consultoria em tecnologia a diversas empresas que se adaptavam para o mundo digital. André passou ainda por um Samsung Omnia, um Galaxy Note II, e hoje continua um entusiasta de smartphones, compartilhando neste site tudo que aprendeu.

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