7 sinais de que estão te passando a perna na operadora de telefonia

Em Planos e operadoras de celular por André M. Coelho

Entre as taxas inexplicáveis, tarifas de roaming, créditos que somem sem explicações, e outros detalhes, operadoras de telefonia móvel nos enchem com armadilhas em seus contratos em pacotes de serviços. Ou, em outros casos, oferecem “promoções” que não são lá tão vantajosas, mas você acaba assinando o contrato porque se engana com o que foi oferecido.

A boa notícia é que com os resultados negativos pelas operadoras nos últimos anos, elas tem mudado consideravelmente a forma como agem com seus clientes, apesar de serem mudanças bem tímidas. Enquanto esperamos por elas, precisamos contar com a boa vontade e, principalmente, entender onde uma operadora pode estar hoje te passando a perna, para você buscar seus direitos e melhores negociações.

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Venda casada na forma de vários serviços juntos

As operadoras não podem mais fazer venda casada, ou seja, te obrigar a comprar um serviço para ter outro. Isso já foi muito comum. Você tinha que comprar a TV por assinatura para ter acesso a internet, por exemplo. Hoje, essa venda casada não existe, mas acontece de forma diferente.

Para vender certos produtos e atingir metas, as operadoras encarecem a venda de produtos e serviços isolados, incentivando os pacotes. Por exemplo, a internet que custa X, se for comprado com o pacote de TV sai por X/2. O problema é que, no contrato, geralmente o preço desses pacotes “casados” ficam mais caros em 6 meses a um ano, e o pacote só do serviço que você queria fica mais barato. Se você já tem um pacote “casado”, na grande maioria das vezes, as empresas cancelam o segundo serviço e mantém o mesmo preço para o serviço que você realmente precisa sem problema algum.

Taxa para atualização do modem/roteador

Com mais aparelhos conectados, alguns modems e roteadores não dão conta da quantidade de conexões. Por isso, é necessária a substituição desses modems, muitas vezes fornecidos pelas próprias operadoras. Algumas delas cobram por esse serviço, mas não deveriam, porque o modem ou roteador não funcionar corretamente é um problema técnico e portanto, consta no contrato. Agora, querer mudar um modem WiFi para um modem 4G, por exemplo, já é um serviço que a operadora pode cobrar, porque você está mudando o tipo de tecnologia do modem e até a natureza do serviço prestado.

Lidando com a operadora

Não se estresse com sua operadora. Afinal, eles vão continuar ganhando dinheiro e quem vai perder anos de vida é você. (Foto: www.brumadoagora.com.br/)

Tarifas de roaming internacional caras

Mesmo os planos feitos para uso internacional são muito caros. Mais caros do que você comprar um chip pré pago no exterior e usar por lá, só para comparação. O roaming internacional então, nem se fala. Algumas operadoras tentam incentivar seus clientes a usarem o roaming, mas é um tiro no pé esse gasto, e é uma forma delas fazerem mais dinheiro em cima do consumidor que não estiver bem informado.

Plano de dados ilimitado é ilimitado?

Tem muita operadora vendendo plano de dados ilimitado mas que na verdade, não tem nada de ilimitado. Ou o plano tem limitação na velocidade, ou o plano tem limitação na quantidade máxima de dados por mês. Isso é um fato. Mesmo que seja uma quantidade muito alta para o limite, a operadora colocará uma limitação para o uso do plano de dados. Portanto, quando você ver propagandas de “plano de dados ilimitado”, ou se você já tiver um, saiba que com certeza, tem alguma limitação por trás desse serviço.

Unificar todas as contas para sair mais barato

Nem sempre unificar todas as contas deixa um serviço ou um conjunto de serviços mais barato. Serviços como o Oi Conta Total, por exemplo, foram durante muito tempo vantajosos para quem precisava de mais de um serviço unificado, e eles realmente saiam mais baratos. Contudo, os tempos mudaram, e isso pode não ser mais verdade em todos os casos. Você não vai usar todos os serviços do pacote, não vai usar todos os minutos, e juntar tudo numa coisa só vai acabar saindo mais caro. Vale aqui colocar tudo no papel, calcular, e ver o que sai mais barato: comprar os serviços separadamente ou comprar todos em um pacote unificado.

Pré pago, pós pago, controle: o cuidado com a escolha

Tem muita operadora que chama seus funcionários de “consultores”, e eles são colocados como as pessoas mais adequadas para indicar qual o tipo de serviço mais adequado para seu perfil: pré pago, controle, pós pago, etc. Esses “consultores”, com raras exceções, na verdade são vendedores com metas a serem batidas, o que significa que eles não vão indicar o melhor serviço ou produto para suas necessidades, mas sim o serviço ou produto que atenda às metas deles. Nossa recomendação é que você analise bem seu consumo de dados e uso do telefone, e a partir daí decida qual o melhor tipo de plano para seu perfil. Na nossa experiência, podemos afirmar que quase sempre os planos controle oferecem o melhor custo/benefício, e os planos pré pagos de cartão e recarga são os piores possíveis, apesar de que em ambos os casos há exceções. Escolher o plano errado vai resultar em custos bem altos para você.

As pessoas tem dificuldade para entrar em contato com você

Nem toda ligação é completada, e nem toda mensagem chega ao seu destinatário final. E as operadoras tem como saber isso através das tecnologias atuais. Se seus amigos tem tido dificuldade em completar as ligações, pode ser um sinal que a operadora não está investindo em infraestrutura e portanto, a tendência é que passe a apresentar ainda mais problemas no futuro. É um jeito dela passar a perna, postergando investimentos e aumentos de custos.

Você conhece mais alguma forma que uma operadora pode estar passando a perna e que nós não colocamos nesse artigo? Qual? Como uma operadora já de aproveitou de você e você demorou a perceber?

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Quando André entrou na faculdade em 2004, notebooks eram ainda muito caros. Para anotar as informações, buscou opções, encontrando no Palm Zire 72 um aparelho para ajudá-lo a registrar informações das aulas. Depois, trocou por um modelo de celular com teclado, Qtek quando o 2G e o 3G ainda engatinhavam no Brasil. Usou o conhecimento adquirido na pesquisa de diferentes modelos para prestar consultoria em tecnologia a diversas empresas que se adaptavam para o mundo digital. André passou ainda por um Samsung Omnia, um Galaxy Note II, e hoje continua um entusiasta de smartphones, compartilhando neste site tudo que aprendeu.

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