É perigoso fazer overclock no celular?
O overclock é uma prática muito comum no mundo da informática. Ele é utilizado para dar uma sobrevida a um computador já ultrapassado ou fazer com que ele tenha um desempenho melhor para alguma tarefa. Com o celular é a mesma coisa, mas há riscos envolvidos que devem ser bem avaliados por quem quer optar pelo overclock.
O overclock de celulares é, na maioria das vezes, feito no processador do aparelho. Para que ele renda mais do que a velocidade para a qual foi programada, algumas coisas podem ser feitas. Uma delas é a alteração do “clock” do processador ou seja, alterar a velocidade do mesmo. Outra forma é alterando a voltagem que vai para o processador.
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No primeiro caso, o processador será capaz de efetuar mais cálculos. Quanto mais cálculos ele fizer, mais rápido os circuitos dentro dele funcionam. E quanto mais rápido um circuito funciona, mais energia ele consume. Assim, a vida útil de sua bateria pode diminuir drasticamente. E outra coisa: com um maior fluxo de energia, a tendência é que o processador esquente mais. Se o seu celular não for mantido em um local ventilado ou mesmo se você abusar muito na multiplicação do processamento, as chances são que você terá um circuito “frito”. Aí, já era seu celular.
A segunda metodologia é muito mais arriscada. Ao aumentar a voltagem de um processador, você possibilita que ele tenha acesso a mais energia para o processamento dos cálculos. Com mais energia, temos o mesmo problema de aquecimento do segundo método. O consumo da bateria também aumenta. E há um risco maior de você “fritar” o processador.
Porém, existem muitos softwares no mercado que possibilitam monitorar a temperatura do processador, assim como o consumo do processador. Só faça o overclock se você tem acesso a estas ferramentas de monitoramento e saiba muito bem o que está fazendo. Nunca faça nenhuma alteração em seu celular sem você saber muito bem como ele funciona. Alguns processadores aguentam ter um processamento maior, como o Galaxy S3 e o Galaxy Note II, que tem o mesmo processador mas em “clocks” diferentes (o S3 é menos potente).
Com a pesquisa, você pode ver também o que aconteceu nos experimentos de outras pessoas e assim, aprender com erros e acertos na internet. A recomendação que damos é evitar o overclock ao máximo, mesmo que você tenha um bom conhecimento. Celulares não foram feitos para serem modificados dessa forma.
Sobre o autor
Quando André entrou na faculdade em 2004, notebooks eram ainda muito caros. Para anotar as informações, buscou opções, encontrando no Palm Zire 72 um aparelho para ajudá-lo a registrar informações das aulas. Depois, trocou por um modelo de celular com teclado, Qtek quando o 2G e o 3G ainda engatinhavam no Brasil. Usou o conhecimento adquirido na pesquisa de diferentes modelos para prestar consultoria em tecnologia a diversas empresas que se adaptavam para o mundo digital. André passou ainda por um Samsung Omnia, um Galaxy Note II, e hoje continua um entusiasta de smartphones, compartilhando neste site tudo que aprendeu.
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2 comentários para: “É perigoso fazer overclock no celular?”
Ralph
Sobre o S3 ser menos potente que o NoteII as diferenças seriam em relação a memoria ram de um ser de 1 gb e outro de 2 gb e o processador de um ser de 1, 4ghz e outro de 1, 6ghz, seria nesses quesitos ou tem mais alguma coisa que o noteII e melhor que o S3
Equipe Telefones Celulares
Oi Ralph,
Tem estes itens e tem a tela maior.
Basicamente se você tem um S3 não é tão interessante trocar por um Note II não. É Exatamente o meu caso. A tela maior é melhor mas não justifica a mudança. O S3 é bem mais portátil.
O Note II é só um pouquinho mais rápido que o Galaxy S3. Não vale a pena esta mudança no momento, em minha opinião!