Celular top de linha vale a pena?

Em Dúvidas de aparelhos e apps por André M. Coelho

Inveja do smartphone. É uma chatice real. A culpa é sua? Não. Os gigantes da tecnologia lançando novos modelos todos os anos gastam milhões de dólares convencendo que você precisa de um. Seus chamados topo de linha são feitos para serem os melhores dos melhores: inigualáveis, perfeitos e luxuosos – e com um preço salgado

Mas o quão importante é o rastreamento de rosto? Quão necessário é um leitor de impressões digitais? Quanto espaço na tela você realmente precisa? Quão importante é a estética de algo que passa a maior parte do tempo escondido na palma da sua mão?

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À medida que a corrida em direção a telas sem moldura, corpos finos como papel e novidades, mas (principalmente) recursos sem sentido, não posso deixar de sentir que estamos comprando exageros. Vamos enfrentar a realidade: a tecnologia é barata. Você pode comprar um smartphone barato que faz a maior parte do que um carro-chefe caro pode fazer, então por que desperdiçar o dinheiro extra? Você preferiria pegar o telefone mais barato e sair de férias?

Certas coisas são importantes, no entanto. Uma boa câmera, operação rápida e tela bonita geralmente são o que diferencia os bons celulares dos ruins. Então, vamos dar uma olhada nesses recursos e, em seguida, você pode decidir se precisa sangrar sua conta bancária ou simplesmente comprar uma marca mais barata e embolsar o dinheiro extra.

Os melhores celulares top de linha tem boas câmeras

Onde você vê suas fotos? Conectados? No seu celular? A menos que você esteja exibindo fotos para pendurar na parede, o número de megapixels não é importante. Smartphones baratos já possuem mais de 16 MP, o que é mais do que suficiente para impressão (e mais do que o muitos dispositivos topo de linha).

Quando e onde você tira fotos? Se durante o dia ou com flash, a abertura da sua câmera precisa estar em torno de f 2.2, como na maioria dos telefones baratos. Mas, para fotos com pouca luz, você precisa de uma abertura “mais brilhante” de cerca de f 1.8 para evitar o “ruído”, que é um tipo de efeito granulado causado quando a sensibilidade do sensor aumenta para capturar mais luz. Os topo de linha vencem na fotografia com pouca luz, mas você precisa fazer muita coisa para fazer com que o gasto extra valha a pena. Ou apenas reduzir o ruído usando o software de processamento de imagens.

Um outro aspecto em que os carros-chefe brilham está na Estabilização Ótica de Imagem (OIS). Isso ajuda a combater a trepidação indesejada da câmera que pode causar fotos desfocadas (ao segurá-la na mão, por exemplo). Nem todos os modelos mais baratos tem isso, mas, a menos que você esteja fotografando com pouca luz ou com mãos trêmulas, ainda conseguirá ótimas fotos.

Celulares topo de linha

Os celulares topo de linha tem o melhor que a tecnologia pode oferecer. Se o preço vale a pena ou não é que é uma questão a se pensar. (Foto: YouTube)

Tela de smartphone topo de linha

As telas de alta definição são a norma hoje em dia, e modelos básicos ainda tem uma tela de 18:9 de ponta a ponta, apesar de seus preços baratos. No entanto, o brilho, as cores e os ângulos de visualização variam dependendo da tecnologia da tela, com o OLED sendo a opção dos topos de linha, e o LCD sendo a escolha de telefones mais baratos.

Então, o OLED é melhor que o LCD? Nem sempre. Enquanto as cores e os pretos podem ser mais fortes, o OLED usa mais energia do que o LCD, o que significa que as baterias podem não durar tanto tempo. e o “burn-in” pode ser um problema, que é o efeito de uma imagem “fantasma” que fica na tela.

E quanto ao tamanho da tela, você pode obter qualquer tamanho que desejar barato. A maioria dos telefones tende para telas maiores hoje em dia, e você definitivamente não precisa de um telefone principal para uma tela de cinco ou seis polegadas.

A maioria de nós está feliz em ter telas de TV LCD em casa que são muito maiores do que os nossos smartphones, então vale a pena gastar mais para OLED? Provavelmente não.

Velocidade dos smartphones topo de linha

A velocidade do seu smartphone é determinada por três coisas: processador, RAM e sistema operacional (OS). Os processadores e a RAM são baratos como chips hoje em dia, por isso, você encontrará processadores com muitos núcleos rápidos e cada vez mais RAM na maioria dos smartphones baratos.

Os sistemas operacionais são um pouco diferentes. O iOS no iPhone e o Android no Google funcionam tão bem porque o hardware e o software são projetados pelas mesmas pessoas. Não existe um iPhone barato, e fora do próprio hardware do Google, a estabilidade do Android varia, provavelmente porque outros fabricantes gostam de mexer nele.

Mas como o Android está sempre melhorando a cada lançamento, os problemas de desempenho são menos comuns. E não vale a pena gastar mais centenas quando os próprios topo de linha podem sofrer problemas de desempenho, alguns dos quais são intencionais, como a piora de desempenho que a Apple provocou nos smartphones da marca para melhorar a vida da bateria.

É fácil comprar uma marca premium e esquecer que seu smartphone é apenas um componente barato montado em algo útil. Para algumas pessoas, tudo bem. Não há nada de errado em gostar de coisas legais, seja a satisfação de possuir um telefone emblemática ou a novidade extra que o torna mais divertido. Mas para todos os outros, há muitas opções por uma fração do custo.

Um smartphone topo de linha durará mais tempo. Porém, pode não ser o que você precisa mas sim, o que você desejar. E desejar e precisar são duas coisas bem diferentes.

O que vocês acham dos smartphones topo de linha? Qual você compraria e por quê?

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Quando André entrou na faculdade em 2004, notebooks eram ainda muito caros. Para anotar as informações, buscou opções, encontrando no Palm Zire 72 um aparelho para ajudá-lo a registrar informações das aulas. Depois, trocou por um modelo de celular com teclado, Qtek quando o 2G e o 3G ainda engatinhavam no Brasil. Usou o conhecimento adquirido na pesquisa de diferentes modelos para prestar consultoria em tecnologia a diversas empresas que se adaptavam para o mundo digital. André passou ainda por um Samsung Omnia, um Galaxy Note II, e hoje continua um entusiasta de smartphones, compartilhando neste site tudo que aprendeu.

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