O celular mais caro do mundo tem bons recursos?

Em Comparação de smartphones e celulares por André M. Coelho

Alguns de vocês podem pensar que seu smartphone é de longe o produto tecnológico mais importante em sua vida, e isso significa que você está disposto a gastar um bom valor nele. Isso é justo. Existem muitas justificativas para grandes despesas, semelhante à maneira como as pessoas justificam viajar de avião, comprar um carro de luxo ou gastar um mês de aluguel em uma bolsa chique.

A pergunta a ser feita, se você pretende racionalizar um grande gasto com smartphones, é se o seu raciocínio está bom ou se você está apenas querendo gastar dinheiro a toa.

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Um celular mais caro será meu compurador

Para algumas pessoas, o smartphone é o dispositivo de computação pessoal que eles mais usam. Nesses casos, é fácil entender por que alguém pode estar disposto a gastar mais em um smartphone premium, especialmente se resistir à atualização a cada ano e economizar dinheiro para os avanços reais em recursos e tecnologia. E quando você considera tudo o que pode fazer com eles – o poder de processamento nos principais telefones agora é comparável a alguns laptops – nossos telefones são realmente nossos PCs de bolso.

Alguns não compram esse argumento, pelo menos, a semântica dele. Não sei se isso faz totalmente sentido, porque agora você pode comprar computadores que custam muito menos que um iPhone ou Samsung topo de linha. Ao mesmo tempo, não é apenas um computador. É seu objetivo para a computação, mas também sua câmera e seu MP3 player, seu despertador, seu email e mensagens. A verdadeira justificativa é que você vai confiar em um aparelho 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Celulares mais caros

Os celulares mais caros do mundo geralmente não tem benefícios que valham o investimento. (Foto: THE INTERNATIONAL MAN)

Um smartphone caro para trabalho

Esse raciocínio está intimamente relacionado a “Meu smartphone é meu computador”. E comprar um telefone confiável para as empresas pode ser uma razão muito legítima para gastar com as melhores e mais recentes tecnologias. Uma das razões pelas quais isso faz sentido é porque o proprietário de uma empresa pode precisar de um bom smartphone para executar as coisas com mais eficiência e atender melhor os clientes. E eles podem arcar com o custo de um telefone caro por conta dos descontos para empresas.

Mas mesmo que você esteja convencido de que precisa do smartphone mais caro para o seu trabalho, ainda precisa avaliar o custo de oportunidade desse tipo de compra. Do que você está desistindo de comprar ao escolher este telefone? Se a funcionalidade não está realmente ajudando sua empresa, você realmente precisa da mais nova? A resposta pode ser não.

Vamos ser sinceros, poucos de nós podem realmente afirmar que Animojis, configurações malucas ou telas dobráveis ​​são essenciais para o nosso trabalho.

Smartphones caros e o custo por uso

80 vezes por dia. 150 vezes por dia. 2.000 vezes por dia. Essa é a frequência com que interagimos com nossos telefones diariamente, de acordo com vários estudos. E essas são apenas interações passageiras; não importa a quantidade de tempo em que realmente estamos sendo produtivos, assistindo a vídeos ou conversando com nossos amigos. Os aplicativos de controle de tempo no smartphone existem por um bom motivo.

Essa justificativa de uso pesado certamente faz com que o alto preço de um telefone principal pareça menos indutor de estremecimento. Alguma matemática básica do verso do envelope: digamos que você usa seu telefone de R$1.000 100 vezes por dia, 365 dias por ano. Isso significa que cada interação custa algo entre 2 e 3 centavos. E quanto mais você o usa, mais valor você extrai dele.

Ainda assim, isso não deve ser necessariamente um motivo para comprar o telefone mais caro. Se você não tem uma necessidade esmagadora de comprar um carro-chefe super caro, pode comprar com facilidade um smartphone mais antigo ou mais barato, ajuste a fórmula acima e obter resultados ainda mais satisfatórios.

Componentes de última geração custam mais caro

Os materiais faturáveis ​​custam mais em telefones de última geração. Eles têm melhores CPUs, melhores câmeras e toneladas de memória. Não são apenas materiais avançados que aumentam os custos; ainda se resume ao que uma empresa pensa que pode cobrar de você. Os consumidores estão segurando seus telefones por mais tempo, e uma maneira de compensar isso, se você for um fabricante, é pedir mais dinheiro.

Não é apenas o hardware que as pessoas compram quando pagam preços premium. É a infraestrutura que existe na nuvem para permitir que algumas dessas funções funcionem. Em resumo, os telefones principais podem custar mais em parte porque possuem alguns dos melhores componentes e recursos avançados, elementos que geralmente são o resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento dispendiosos. Mas alguns fabricantes também são excepcionalmente qualificados na arte de venderem dispositivos com um bom custo/benefício sem quebrar o banco.

Estou à prova de futuro com um celular mais caro?

O 5G ainda não chegou, mas chegará em breve, certo? O mesmo poderá valer um dia, quando chegarem no mercado tecnologias ainda mais modernas E quando isso acontecer, você definitivamente vai querer o mais novo smartphone, aquele com o modem da nova tecnologia, certo? Obviamente, também precisa ter o suporte WiFi mais rápido. E se o seu telefone não suportar aplicativos de realidade aumentada e você perder a oportunidade de “experimentar” um sofá virtual antes de comprar? Você provavelmente deve comprar esse tipo de telefone agora, para estar pronto quando tudo isso se tornar realidade.

Este é simplesmente um medo irracional, puro e simples, e é um mau motivo para gastar demais em um telefone. Economize ao invés de gastar demais em um dispositivo.

Eu quero o melhor mesmo que o smartphone seja mais caro

Embora seja uma admissão honesta, essa justificativa é frágil.

Na extremidade alta do mercado de smartphones, muitos dos componentes começam a ter a mesma aparência, sejam telas brilhantes, velocidades de processamento incrivelmente rápidas ou recursos de captura de fotos que deixam os atiradores profissionais nervosos. “Melhor” se torna uma questão de preferência para qual sistema operacional – realmente, em que ecossistema de software e hardware você deseja morar e para quem confia com seus dados.

E, como em qualquer produto premium, o que uma pessoa considera “o melhor” pode realmente ser baseado em fatores periféricos ou intangíveis. Há uma exclusividade que vem com itens de alto custo, e é realmente sobre uma marca. Qual o motivo de você ter uma calça jeans de R$200 e outras de RS$ 50? Pode ser sobre tecido ou onde você o comprou, mas também pode ser esse elemento de exclusividade que permite que você seja mais visível.

Essa explicação também revela um desejo por parte do comprador de carregar algo que é considerado o melhor. É uma peça de status, e ainda é uma coisa real no mundo dos smartphones, mesmo que muitos consumidores estejam usando telefones antigos por mais tempo.

https://youtu.be/sKAftaf3MSY

Eu posso pagar por um smartphone mais caro

E quem somos nós para discutir isso? A despesa só precisa ser coordenada com outros itens de luxo, planejados e contabilizados no orçamento para que possa ser realizada com tranquilidade. Outros seguem uma linha mais difícil, analisando se o parcelamento pode valer a pena. O importante é ir com calma e analisar com cuidado para evitar problemas financeiros futuros. Ou, melhor ainda, economizar e guardar parte do dinheiro para outras finalidades.

Como vocês escolhem um smarpthone? Vocês comprariam smartphones caros?

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Quando André entrou na faculdade em 2004, notebooks eram ainda muito caros. Para anotar as informações, buscou opções, encontrando no Palm Zire 72 um aparelho para ajudá-lo a registrar informações das aulas. Depois, trocou por um modelo de celular com teclado, Qtek quando o 2G e o 3G ainda engatinhavam no Brasil. Usou o conhecimento adquirido na pesquisa de diferentes modelos para prestar consultoria em tecnologia a diversas empresas que se adaptavam para o mundo digital. André passou ainda por um Samsung Omnia, um Galaxy Note II, e hoje continua um entusiasta de smartphones, compartilhando neste site tudo que aprendeu.

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