Quais as maiores vantagens do Galaxy Note II?

Em Sistemas Operacionais por André M. Coelho

Estou há aproximadamente dois meses já com meu Samsung Galaxy Note II. Mas antes de falar sobre este smartphone, é bom que eu conte um pouco e minha história com aparelhos portáveis para vocês entenderem com o que ele está sendo comparado.

Comecei comprando um Palm Zire 72 e um teclado pra ele, já que não queria comprar um laptop pra levar para a faculdade. Facilitou muito a minha vida, quando eu já digitalizava toda a matéria e ainda conseguia tirar umas fotos mais ou menos com o aparelho. Dele, passei para um smartphone, o HTC TyTn. Era um trambolho, com rede 3G, teclado físico e Windows Mobile, quando o sistema ainda era bom. Também facilitou minha vida na faculdade e pessoal, apesar de ser pouco resistente à quedas.

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Tinha me acostumado a estar sempre pesquisando por novos modelos e sempre economizar para comprar o melhor modelo possível para atender às minhas necessidades. Vendi meu HTC TyTn, fiquei por algum tempo sem smartphone e comprei um Samsung Omnia HD i8910, o primeiro celular com câmera HD (que filma com resolução 720p). Na época, eu não tinha ideia que o Symbian estava tão atrasado com aplicativos para smartphones. Porém, o celular atendia às minhas necessidades, mesmo que sua câmera deixasse a desejar, algo que foi corrigido pela comunidade de desenvolvedores independentes com o tempo. A tela do aparelho também é excelente, possibilitando que eu assista muitos vídeos com uma ótima resolução e brilho.

Fiquei com este celular desde 2009 e vi que precisava de mais usos possíveis, uma câmera melhor e aplicativos para flexibilizar mais minha vida. Por um ano pesquisei modelos que melhor me atendessem até chegar ao Galaxy Note II, uma vez que não tinha gostado muito do primeiro. Li vários reviews na internet, vi vídeos de pessoas usando, encontrei o celular em promoção e resolvi entrar no mundo do Android, já que não gosto da Apple, principalmente por limitar demais o uso de seus aparelhos.

Galaxy Note II

A caneta stylus do Galaxy Note facilita muito para anotar algumas informações com maior rapidez do que a digitação, além de possibilitar que você faça desenhos explicando algo. (Foto: reviews.cnet.com)

A primeira coisa que chama a atenção e que eu vejo como vantagem é a tela: são 5,5 polegadas, com uma resolução tão boa que você mal enxerga os pontos que formam as imagens. Para quem é pequeno, porém, o celular mais parece um tablet. No meu caso, que tenho 1,85 m, o celular é bem proporcional para minha mão e para meu rosto. A tela fica melhor do que meu notebook para visualizar vídeos, imagens e até assistir filmes. Ela também já vem com o Gorilla Glass 2, um tipo de vidro muito mais resistente que o normal. Mas já vi que a tela dele é resistente mas nem tanto para quedas “de quina”.

O universo Android é também vasto e estou explorando ele com muito gosto. Já instalei e testei vários aplicativos e jogos, estou fazendo os pacotes de aplicativos que mais uso e preciso e vi realmente que o ambiente Android é uma excelente opção, apesar de eu ainda querer muito testar um Windows Phone 8, pois sempre gostei muito da Nokia e o Windows Phone 8 veio com muitas inovações legais.

Galaxy Note II

Um dos recursos mais interessantes do Galaxy Note II é a possibilidade de diminuir o tamanho de um vídeo para assisti-lo na mesma tela em que faz anotações ou usa outros aplicativos. (Foto: cnet.com.au)

Já a câmera, é um show à parte, tanto para filmar quanto para tirar fotos. Meus amigos, a maioria proprietários de produtos da Apple, ficaram pasmos com a qualidade. Um deles inclusive pensa seriamente em trocar seu iPhone por um Galaxy SIII ou um modelo igual ao meu. No ano novo, foi possível fazer muitos efeitos panorâmicos que meu celular antigo não conseguiria e que eu teria de gastar mais um bom dinheiro em uma câmera para conseguir fazer com a mesma qualidade.

A caneta stylus é ainda uma incógnita pra mim, já que não estou utilizando muito ela. Porém, como devo voltar aos estudos em breve, já pude perceber que ela é muito boa para anotações rápidas e que, com os aplicativos certos, pode me ajudar a sublinhar e marcar textos importantes no aplicativo. Ela às vezes é até sensível demais, escrevendo na tela sem eu ao menos estar encostando nela. É um pouco chato, mas esse problema passa rapidinho.

A interface que a Samsung fez é muito poluída com um monte de aplicativos inúteis, os quais eu já tirei, em sua grande maioria, após fazer o root do meu celular. Mesmo assim, 16 GB é muito pouco e em breve terei de comprar um cartão microSD para expandir o armazenamento, outro ponto extremamente positivo do aparelho, coisa que a Apple nunca fez e provavelmente não fará.

A traseira do aparelho, que armazena a bateria, o cartão micro-SIM e o cartão microSD é um outro problema. A fixação dela na traseira é feita por “ganchos” plásticos. Minha experiência com esses ganchos nunca foi muito boa, e quase todas a vezes eles quebraram e me deram problemas. Além disso, já no primeiro dia de uso, a capa plástica traseira já estava com um pequeno arranhão. O cuidado que foi dado para proteger a tela não foi dado para a parte de trás, ficou bem claro isso. A Samsung poderia ter investido em um material mais resistente e um encaixe mais bem arquitetado.

Galaxy Note II

Na esquerda, o “tamanho iPhone”, perfeito para encaixar em quase todas as mãos. No centro, o Galaxy Note II e na direita, o iPad. Esta comparação serve para você ter uma ideia de qual é o tamanho certo para você. (Foto: gottabemobile.com)

Raramente o aparelho trava, o que mostra que sua memória RAM de 2 GB e seu processador quad-core de 1,6 GHz são mais do que suficientes para o trabalho duro de manter esse aparelho funcionando. O Bluetooth, o GPS e a conexão Wireless do aparelho mostram uma grande evolução em recepção e transmissão de dados, comparados com os aparelhos prévios da empresa. Já o NFC, que é como uma transmissão de dados mais rápida, ainda não tive como utilizar. Todos os sensores do aparelho (acelerômetro, compasso, barômetro etc.) são muito bons.

Resumindo, quem busca um misto entre um tablet e um smartphone, este é o aparelho certo. Às vezes, o teclado atrapalha um pouco a enxergar o que está na tela, mas usando um teclado customizado da Play Store pode solucionar o problema com a tela facilmente. É necessário, porém, perceber que tem mãos pequenas irá ter que usar esse smartphone mais como tablet do que como celular. Estou bem satisfeito com minha compra e mal posso esperar pelo Galaxy Note III.

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

Quando André entrou na faculdade em 2004, notebooks eram ainda muito caros. Para anotar as informações, buscou opções, encontrando no Palm Zire 72 um aparelho para ajudá-lo a registrar informações das aulas. Depois, trocou por um modelo de celular com teclado, Qtek quando o 2G e o 3G ainda engatinhavam no Brasil. Usou o conhecimento adquirido na pesquisa de diferentes modelos para prestar consultoria em tecnologia a diversas empresas que se adaptavam para o mundo digital. André passou ainda por um Samsung Omnia, um Galaxy Note II, e hoje continua um entusiasta de smartphones, compartilhando neste site tudo que aprendeu.

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