Recompra de celular: como funciona?
No papel, um programa de recompra de celular parece muito bom: use um produto por alguns meses ou anos, depois envie-o de volta à loja quando quiser atualizar para a tecnologia mais recente e melhor. Dessa forma, você pode proteger seu investimento e experimentar um novo dispositivo. Mas o programa é realmente um bom negócio? E quem realmente acaba lucrando: você ou a loja?
Programa de recompra de celular: como funciona?
O programa permite aos usuários revenderem eletrônicos que estão em boas condições para uma empresa de varejo que em troca, oferecerá um crédito ou desconto na compra de novos dispositivos. Embora a capacidade de revender eletrônicos não seja nova, o que há de novo são os varejistas de eletrônicos (e até algumas operadoras de telefonia) que fazem o processo de revenda fazer parte do preço de compra.
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Vamos começar com um exemplo com o celular de um amigo, o Motorola G4 Dual TV. Na avaliação de um dos programas de recompra testado, o aparelho comprado em 2016 tem o valor e R$228 no programa de recompra em menos de 6 meses de uso. Ele foi comprado por quase R$1000, o que significa um pagamento aproximado de 22,8% do valor que foi pago no aparelho. Pesquisando em sites de classificados online, foi possível encontrar o mesmo aparelho sendo vendido por R$700 ou mais, o que significaria um pagamento de 70% do valor original do aparelho.
Claro, ver um aparelho desses à venda não significa que ele realmente está vendendo. O programa de recompra é um dinheiro garantido de você receber, ao contrário de colocar o smartphone à venda por conta própria. Porém, o “prejuízo” é bem alto, o que deve te colocar pensando duas vezes antes de aderir a um programa de recompra.
O reembolso da recompra é fornecido como um cartão de presente ou bônus
Quando você revende seu produto, o varejista espera que você compre um novo dispositivo. Isso explica por que você só pode obter o seu investimento da recompra como um cartão de presente ou bônus para a compra de um novo dispositivo, diferentemente de quando você vende seu aparelho por conta própria, onde você poderá usar o dinheiro como bem entender.
Na troca de seu celular usado por um novo, ele não precisa estar em perfeito estado
Quando vendendo seu dispositivo diretamente, mesmo o mínimo arranhão pode afastar potenciais compradores. No caso de um programa de recompra, mesmo dispositivos avariados podem ser comprados de volta pelas varejistas. Isso é uma vantagem para quem tem um dispositivo que não está funcionando bem, não quer consertar, e acha que vai perder dinheiro vendendo por conta própria. Isso é, se conseguir vender o aparelho.
As vendas para terceiros rendem muito mais dinheiro
Como já dissemos, mas é bom reforçar: se você pesquisar em classificados online para vendas recentes do mesmo dispositivo que você tem, verá uma grande diferença de preços em relação aos programas de recompra. Porém, nem sempre a venda será garantida. Pode ser que você consiga vender seu dispositivo ou não, e na recompra a “venda” é garantida.
https://youtu.be/i1G44ZfzJsk
Quando faz sentido participar de um programa de recompra?
Revender itens através de classificados online é relativamente fácil, mas pode demorar para você conseguir o dinheiro que está pedindo. Você pode não obter o valor cheio, pode ter problemas com o pagamento dos produtos também.
Se você precisa vender seu aparelho urgente, ou ele está danificado e você não quer nem reparar os danos, pode ser uma boa ideia um programa de recompra. Porém, esteja preparado para o prejuízo, que vai pesar bem no bolso.
O que vocês acham dos programas de recompra? Acham que valem a pena? Já participou deles alguma vez?
Sobre o autor
Quando André entrou na faculdade em 2004, notebooks eram ainda muito caros. Para anotar as informações, buscou opções, encontrando no Palm Zire 72 um aparelho para ajudá-lo a registrar informações das aulas. Depois, trocou por um modelo de celular com teclado, Qtek quando o 2G e o 3G ainda engatinhavam no Brasil. Usou o conhecimento adquirido na pesquisa de diferentes modelos para prestar consultoria em tecnologia a diversas empresas que se adaptavam para o mundo digital. André passou ainda por um Samsung Omnia, um Galaxy Note II, e hoje continua um entusiasta de smartphones, compartilhando neste site tudo que aprendeu.
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