Como acionar a garantia de um eletrônico importado?
Acabei de ter uma experiência traumática com dois SSDs da Corsair. Ambos queimaram. Sorte minha, que a garantia da fabricante tem cobertura internacional e poderei enviar os dois SSDs para troca. Porém, isso é algo que eu não tinha verificado anteriormente. Eu não sabia nem quanto tempo teria de garantia. E a poucos dias, tive que acionar a garantia do meu Galaxy Note II, que teve dois defeitos seguidos.
Acho que nem com celulares nos importamos muito com isso. Temos as garantias de um ano padronizadas e estamos satisfeitos com elas. Na maior parte das vezes, compramos por sites os aparelhos importados. Tais sites oferecem entre 3 meses a um ano de garantia, girando em uma média normal de 3 meses. Isso é muito pouco, comparado com a garantia lá fora.
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Para simplificar aqui, não vamos falar dos aparelhos “refurbished” ou “remanufaturados”, que tem garantia reduzida.
Entendendo as garantias nacionais e internacionais
Um produto com garantia internacional tem a validade de sua garantia para problemas de fabricação e não a danos causados pelo uso normal ou pelo usuário pelo período vigente da garantia. O mesmo vale para garantias nacionais.
Se a empresa não tiver representação no Brasil para onde enviar seu produto, como foi meu caso, você tem que arcar com os custos do envio para o exterior. Isso seria uma desvantagem, se não levássemos em consideração algo bem importante.
Quando um produto que você tem apresenta defeito, nenhuma fabricante vai te dizer isso, mas chances são de que ele vai apresentar mais defeitos. Aqui no Brasil, quando você aciona a garantia de um produto e ele tem um defeito que pode ser reparado, eles simplesmente consertam o defeito. É o mais lógico a se fazer e é até correto, não é?
Errado.
O controle de qualidade dos produtos eletrônicos
Imagine só o processo de produção de um produto eletrônico. Existe uma etapa final focada apenas no controle de qualidade. Eles analisam tudo no aparelho, testam tudo. Só então ele é liberado para poder ir à venda. Pensando desse jeito, para um produto apresentar um defeito, tem que ser um defeito MUITO específico para você ter em mãos um produto defeituoso.
Sabendo disso agora, você vai descobrir que as chances de seu produto apresentar mais defeitos depois de um primeiro “conserto” são muito maiores. Veja no meu caso: meu Galaxy Note II apresentou um defeito na memória do sistema operacional e simplesmente, morreu. No reparo, me falaram que simplesmente reinstalaram o firmware. Algo que duvido um pouco, pois o problema apresentado é um problema de série da memória, que descobri em minhas pesquisas (provavelmente, vou ter o problema de novo). Logo quando cheguei em casa, o módulo onde eu coloco meu cartão SIM parou de funcionar. Estou agora esperando pela troca do módulo.
Coincidência ou não, foi o primeiro smartphone que comprei no Brasil (uso smartphones desde 2006) e o primeiro que apresentou defeito.
A grande diferença de uma garantia internacional
Lembra que falei sobre o defeito que é consertado? Pois é. Em garantias internacionais, dificilmente eles consertam os defeitos. Eles simplesmente trocam o aparelho e o revendem como remanufaturado depois. Isso é automático para a maioria dos defeitos e para os mais simples, onde os defeitos são apenas consertados, caso eles apresentem outro defeito, a troca é imediata.
Isso acontece com a grande maioria dos produtos com garantia internacional. E você acha que eu vou ter um celular novo? Provavelmente não. E as chances são de que ele vai apresentar mais problemas.
Como acionar a garantia de um eletrônico importado?
Você tem que saber um pouco de inglês e entrar em contato direto com a fabricante. Veja também se o aparelho tem garantia internacional antes de comprá-lo. Os custos de envio para acionar a garantia valem a pena. Eu estou preso na garantia brasileira e estou arrependido. Primeira e última vez que compro um smartphone no Brasil. Lá fora, pelo menos, sei que o controle de qualidade é muito melhor e que a garantia me dá um aparelho novo na maioria das vezes, além de ser mais barato que comprar o aparelho no Brasil.
Se você já teve uma experiência com a garantia de seu produto, compartilhe conosco! Será bem interessante analisar a qualidade das garantias de diferentes produtos, nacional e internacionalmente
Sobre o autor
Quando André entrou na faculdade em 2004, notebooks eram ainda muito caros. Para anotar as informações, buscou opções, encontrando no Palm Zire 72 um aparelho para ajudá-lo a registrar informações das aulas. Depois, trocou por um modelo de celular com teclado, Qtek quando o 2G e o 3G ainda engatinhavam no Brasil. Usou o conhecimento adquirido na pesquisa de diferentes modelos para prestar consultoria em tecnologia a diversas empresas que se adaptavam para o mundo digital. André passou ainda por um Samsung Omnia, um Galaxy Note II, e hoje continua um entusiasta de smartphones, compartilhando neste site tudo que aprendeu.
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